Linha do Douro: avança a eletrificação e modernização do troço Marco–Régua

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A intervenção no troço ferroviário, com 43 quilómetros, representa um investimento de 110 milhões de euros e prevê melhorias na eficiência do serviço, maior segurança operacional e benefícios ambientais significativos, integrando-se no plano de modernização total da linha até Barca de Alva.

A empreitada de eletrificação do troço Marco–Régua, avaliada em 110,7 milhões de euros e cofinanciada pela União Europeia, é uma das maiores em curso na Rede Ferroviária Nacional. No total, as intervenções previstas elevam o investimento para cerca de 165 milhões de euros, incluindo sinalização eletrónica, controlo automático de velocidade, nova subestação elétrica em Bagaúste, sistemas de telecomunicações ferroviárias, informação ao público e videovigilância.

Miguel Cruz, presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), explica que o arranque desta obra "é um marco fundamental na modernização da Linha do Douro”. O responsável sublinha que "a eletrificação do troço vai melhorar as ligações urbanas, os serviços e as indústrias locais, promovendo a coesão territorial e garantindo um sistema de transporte mais sustentável, assente apenas em tração elétrica."

Entre os principais trabalhos destacam-se:

  •  Eletrificação integral dos 43 km no sistema 25 kV/50 Hz e reabilitação da via e plataforma ferroviária;
  • Supressão e automatização de passagens de nível, com construção de atravessamentos desnivelados;
  • Modernização das estações e apeadeiros, incluindo plataformas adaptadas à mobilidade reduzida, renovação de edifícios, sistemas de informação ao público e videovigilância;
  • Beneficiação da Estação da Régua, com reformulação das salas de espera, bilheteiras, cafetaria e sanitários;
  • Instalação de sinalização eletrónica avançada, telecomunicações GSM-R e controlo automático de velocidade;
  • Reforço estrutural de 40 taludes e reabilitação de túneis, incluindo o Túnel do Juncal (1.600 m), o segundo mais extenso da Rede Ferroviária Nacional, cuja intervenção exige elevada complexidade técnica.

Os benefícios esperados incluem maior competitividade e segurança, redução de 16 mil toneladas anuais de emissões de CO₂, diminuição do tempo de viagem em cerca de sete minutos e para a criação do serviço Intercidades até à Estação Ferroviária de Peso da Régua.

Este projeto insere-se no Plano de Modernização integral da Linha do Douro entre Caíde e Barca de Alva, que representa um investimento global de 460 milhões de euros. O troço Caíde–Marco está praticamente concluído, enquanto os troços Régua–Pocinho e Pocinho–Barca de Alva encontram-se em fase de projeto.
 

Conheça toda a informação sobre o investimento relativo ao troço Marco de Canaveses - Peso da Régua